quinta-feira, 31 de julho de 2008

Athos Bulcão (1918 - 2008)

Faleceu hoje o artista Athos Bulcão, responsável por uma extensa e valorosa obra. Perdemos um grande mestre.

http://www.fundathos.org.br/

A Folha que Sobrou do Caderno

Gente, bom dia.
Eu sei que ainda não postei absolutamente nada do meu TCC, mas é que a correria é grande e o patrão é presente.

Mas enfim.
Segue um documentário que assisti hoje sobre o debate acerca do estudante de Design no Brasil. Pertinente até para o próximo ZooCast, não é mesmo minha gente?
Algumas coisas sempre me incomodaram quando eu estava na faculdade, como alunos completamente absortos e fora de órbita, que se conformavam com um 10 de um trabalho perfeito mas que não colocava nada em questão, não propunha nada. Eu mesma já fiz isso mil vezes... não questionar às vezes parece a maneira mais rápida de se resolver um problema.
Eu tive muita DP na facul...muita mesmo... Porque quando eu percebia que eu não iria poder [ou querer] me dedicar àquela matéria, eu abandonava mesmo... Quando eu sabia que iria fazer por fazer, simplesmente não aparecia mais [né Betão e Valéria?]. Um pouco exagerada, eu sei...aliás, beeeeem exagerada, ok. Mas a questão vai além, talvez essa questão resida no problema do formato das aulas, onde o professor fala e o aluno ouve, aliás, o aluno quer só ouvir mesmo, pois quando proposto debate, só se ouvem os grilinhos... talvez pelo tradicionalismo que os próprios alunos estão inseridos... neste modelo quadradinho onde eu faço provas pra provar que sou bom e não me convido a questionar os porquês e suas relevâncias...em como aluno e professor se relacionam, sei lá...
Por isso, esse documentário mexeu tanto comigo... Ok, ok, alguns trechos são pura utopia, mas pô, os caras se propuseram a questionar. E isso, é a única solução para muitos dos problemas de hoje.

"Todos os anos uma leva de designers se forma nos quatro cantos do Brasil e uma pergunta inquietante não quer calar: estarão esses futuros profissionais sendo preparados para enfrentar as múltiplas realidades do nosso país? Existiria uma estrutura de curso ideal para formar os profissionais de design adequados à nossa realidade? A quem interessa manter um formato de ensino ultrapassado e ineficiente? Você já parou para pensar em seu papel diante disso tudo? "A folha que sobrou do caderno" é um instigante documentário resultante de uma inquietação pessoal em congruência com uma preocupação coletiva: precisamos discutir e reformar o ensino de design no Brasil. São colocadas opiniões sobre modelos ideais de cursos e o papel que professores e estudantes desempenhariam nesses modelos, bem como discussão sobre formação tecnológica e teórica. A estrutura atual do ensino, questionamentos sobre pesquisa e atualização tanto por parte dos professores como dos estudantes também são abordados. A organização estudantil como transformadora da realidade e o Movimento Estudantil fornecem o fechamento das discussões. Em "A folha que sobrou do caderno", História, depoimentos e atitudes são os principais ingredientes para alcançar a maior proposta do filme: PROVOCAR. "


frase da semana lida num blog da vida...

"Clientes são aqueles seres que se comportam como argentinos, esperam um serviço suiço, e no final pedem sempre um jeitinho brasileiro…"

quarta-feira, 30 de julho de 2008

HR Giger

Criaturas bizarras, arte, desenho, cinema, Alien e Poltergeist ... Como é possível juntar tudo isso numa só postagem ? Falando de HR Giger !
Além de suas óbvias habilidades como ilustrador, Giger se aventurou nas mais diversas formas de expressão, passando pelo cartoon e caricatura, desenho de máquinas bizarras, escultura, instalações, cinema ( com direito a Oscar de efeitos visuais), capas de disco (para Blondie) até o projeto de um Giger Bar ... isso que é fôlego ( e alguma insanidade).
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Abaixo, desenhos para o filme Alien, de 1978. ( o artista pintou cerca de 30 quadros em 3 meses para a concepção do projeto e depois foi trabalhar diretamente na cenografia e na criatura propriamente dita)


Acrílico sobre papel (70x100cm): concepção do Reverendo, do filme Poltergeist (1985)
Alguns esboços de 1987

E por fim, nosso artista em frente ao bar que leva seu nome. Figuraça !Giger também tem uma série maravilhosa de trabalhos eróticos que vou deixar para cada um ver por si mesmo ... afinal de contas, este é um blog de família ...

Visitem o site http://www.hrgiger.com/

Mais informações http://en.wikipedia.org/wiki/H._R._Giger

As imagens deste post foram tiradas do livro HR Giger ARh+, distribuído no Brasil pela Paisagem (originalmente editado pela Taschen). A edição é bem cuidada e a um preço bem acessível ... bibliografia básica que eu recomendo.

Drácula de Francis Ford Coppola

Esta é pra aliviar a quarta feliz densa do Silvião ... muita imagem e (quase) nenhuma reflexão! O filme de 1992, dirigido por Francis Ford Coppola, é uma adaptação bem fiel do livro de Bram Stoker ...
... e traz Gary Oldman no papel título. A caracterização do conde é bem interessante e ele aparece tanto como monstro horripilante e velho decrépto como "dândi" conquistador.
No elenco, ainda temos Winona Ryder, Anthony Hopkins, Keanu Reeves, Sadie Frost e Tom Waits, além da participação de Monica Bellucci como uma das esposas vampiras.
A fotografia de Michael Ballhaus, a direção de arte de Andrew Precht e o figurino de Eiko Ishioka são belíssimos e acertam em cheio no tom meio sinistro, mas extremamente sedutor e refinado.
Não é um filme de sustos e dá quase para encarar como uma estória de amor ... mas com muitos respingos de sangue...
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Pronto, agora pode acabar de ler o post anterior !

quarta-feira feliz 012

hoje é dia de ler, pois o post de hoje não tem figuras.

esquentando a chapa para o nosso próximo ZOOCAST, "o que diabos é design?" quero apresentar a vocês o manifesto incompleto do designer canadense Bruce Mau escrito em 1998, e ainda muito atual. (não, ele não é um lord sith).
postei aqui uma versão que achei on-line num blog português, quem preferir a versão original é só ir no site do autor.
enjoy!

1. Deseja que os sucessos te modifiquem
Tens que desejar crescer. Crescer não é algo que te ocorre. Tu é que o produzes e tu é que o vives. Requisitos para crescer: - estar aberto a experimentar e desejar que os sucessos te modifiquem.

2. Esquece-te do bom
O bom é uma quantidade conhecida.
O bom é aquilo em que todos estamos de acordo. Crescer não é necessariamente ser bom. Crescer é explorar, o que nos pode ou não conduzir ao que que estamos procurando.
Se te prendes fortemente ao bom nunca terás um bom crescimento.

3. O Processo é mais importante que o resultado
Quando o resultado conduz ao processo só chegamos aonde já tinhamos estado. Se o processo conduz ao resultado, pode ser que não saibamos para onde vamos, mas saberemos que queremos chegar.

4. Ama as tuas experiências (como se ama a um filho feio)
A alegria é o mecanismo do crescimento. Explora a liberdade de interpretar os teus trabalhos como experiências perfeitas, tentativas, provas e erros. Aceita com calma e permite a ti próprio a alegria de te enganares todos os dias.

5. Aprofunda
Quanto mais aprofundas mais possibilidades terás em descobrir algo de valor.

6. Abre-te às contrariedades
A resposta errada é a resposta correcta na busca de uma verdade diferente.
Colecciona as respostas erradas como parte do processo. Pergunta coisas insólitas.

7. Studio / Estuda
Um studio é um lugar para estudar. Utiliza as necessidades da produção como um pretexto para estudar. Toda a gente sairá beneficiado.

8. Divaga
Interroga-te a ti próprio sem descanso. Explora à tua volta. Não faças juízos e retarda qualquer crítica.

9. Começa em qualquer parte
John Cage dizia que não saber aonde começar é uma forma de paralisia.
O seu conselho era: - começa por qualquer parte.


10. Toda a gente é um lider
O crescimento acontece. Quando acontece deixa-o emergir. Aprende a segui-lo quando tem sentido. Deixa que alguém o dirija.

11. Cultiva ideias. Publica aplicações
As ideias necessitam de um envolvimento dinâmico, fluido e generoso para se desenvolverem. As aplicações, por outro lado, beneficiam-se com rigor crítico. Produz grande quantidade de ideias para aplicá-las.

12. Mexe-te
O mercado em nosso redor tende a reafirmar o êxito. Resiste. Deixa que o erro e a mudança façam parte do teu trabalho.

13. Liberta-te
Liberta-te dos horários estabelecidos e oportunidades surpreendentes se apresentarão.

14. Não sejas Colegial
O colegial é como o medo conservador vestido de negro. Liberta-te de este tipo de limitações.

15. Pergunta coisas estúpidas
O crescimento funciona graças ao desejo e à inocência. Fixa-te na resposta, não na pergunta. Imagina poder aprender durante toda a tua vida com curiosidade de uma criança.

16. Colabora
O espaço entre pessoas que trabalham juntas, enche-se de conflitos, fricções, disputas, e um vasto potencial criativo.

17.
Está em branco intencionalmente. Deixa espaço para as ideias que porventura não tenhas tido e para as ideias dos outros.

18. Fica até tarde
Quando fostes longe de mais, tenhas trabalhado no duro e te encontras separado do resto do mundo, sucedem coisas estranhas.

19. Trabalha a metáfora
Qualquer coisa tem a capacidade de servir para algo mais do que aparenta. Trabalha nas suas possibilidades.

20. O tempo é genético
Hoje és o menino de ontem e o pai de amanhã. O trabalho que fazes hoje influirá no teu futuro. Tem cuidado em arriscar.

21. Repete-te
Se gostas volta a fazê-lo. Se não gostas volta a fazê-lo.

22. Constrói as tuas próprias ferramentas
Para poder construir peças únicas converte, as tuas ferramentas em híbridas. Inclusivamente as mais simples podem levar-te a novos caminhos de exploração. Recorda, as ferramentas aumentam as tuas capacidades, inclusivamente uma pequena ferramenta pode produzir grandes diferenças.

23. Apoia-te em alguém
Podes viajar mais longe levado pelas experiências positivas dos que estiveram antes de ti. Mas à nossa vista é muito melhor.

24. Cuidado com o software
O problema com o software é que toda a gente o tem.

25. Não limpes a tua mesa
Pela manhã podes encontrar algo que não viste à noite.

26. Não discutas
Não o faças. Não é bom para ti.

27. Lê só as páginas esquerdas
Marshall McLuhan disse-o. Diminuindo a informação deixamos lugar para o que chamamos nuestro “spaghetti”.

28. Cria novas palavras, extende o léxico
As novas situações pedem uma nova forma de pensar. O pensamento pede novas formas de expressão. A expressão gera novas situações.

29. A criatividade não depende dos acontecimentos
Esquece a tecnologia. Pensa com a mente.

30. Organização – Liberdade
As verdadeiras inovação em design ou em qualquer outro campo, sucedem-se dentro de um contexto. Este contexto deve ser alguma forma de empresa dirigida corposativamente. Frank Gehry, por exemplo foi capaz de realizar o Guggenheim de Bilbao porque o seu studio pode desenvolver o seu estudo dentro dos pressupostos. O mito da separação entre criativos e técnicos é o que Leonard Cohen chama um admirável artefacto do passado.

31. Não peças dinheiro emprestado
Uma vez mais, um conselho de Frank Ghery. Mantendo o controlo financeiro mantém-se o controlo criativo. Não é exactamente um princípio cientifico, mas é surpreendente o que custa mantê-lo, e quantos se tem saido mal da sua aplicação.

32. Escuta com atenção
Cada colaboração que entra e que sai da nossa órbita traz consigo um mundo mais estranho e complexo daquilo que nós poderiamos chegar a imaginar.
Ouvindo os detalhes e as subtilezas das suas necessidades, desejos ou ambições, reconhecemos o seu mundo do nosso.

33. Imita
Não te preocupes com ele. Procura chegar-te tanto quanto possas. Nunca o conseguirás de todo, e a diferença pode ser verdadeiramente notável.

34.Comete erros rapidamente
Não é uma ideia minha. Roubei-a. Creio que é de Andy Grove.

35. Faz diferente
Quando te esqueceres de palavras, faz como Ella (Fitzgerald): faz algo mais... não palavras.

36.Rasga-o, alarga-o, dobra-o, aperta-o, esquartaja-o, curva-o, molda-o.

37. Explora as margens
As grandes liberdades existem quando evitamos tratar de correr atrás da tecnologia. Não podemos encontrar as margens porque as temos debaixo dos pés. Trata de seguir, utilizando os velhos equipamentos, uns estão obsoletos para os ciclos económicos, mas ainda são potentes.

38. Pausas para café, passeios, de carro, descanso.
O crescimento só ocorre fora dos lugares aonde tentamos. Nos espaços intermédios – o que o Dr. Seuss chama “a sala de espera”. Hans Ulrich Obrist, um comissário de exposições de Paris, organizou uma conferência – as festas, encontros, comidas, recepções, as quais foram realizadas no aeroporto mas sem conferência. Parece que teve muito êxito e frutificou em numerosas colaborações.

39. Viaja
A largura de banda do mundo, é superior ao do teu televisor, à internet incluindo também todos os componentes que simulam por computador a tempo real, um ambiente totalmente interactivo e em 3D.

40. Evita os campos salta as valas
As fronteiras estritas e os regimes reguladores pretendem controlar a vida criativa livre. São, com frequência, esforços incomprensíveis para controlar o que são processos complexos, múltiplos e evolutivos. O nosso trabalho é saltar as valas e cruzar os campos.

41. Ri-te
As pessoas que visitam o nosso studio comentam com frequência o muito que nos rimos. Desde que me dei conta, utilizo-o como barómetro do conforto que sentimos.

42. Recorda
O crescimento só é possivel como um resultado da história. Sem a memória da inovação é meramente uma novidade. A hsitória dá uma direcção do crescimento. Mas a memória nunca é perfeita. Cada memória é uma imagem degradada ou mesclada de momentos ou sucessos prévios. Isto, é o que nos faz conscientes da sua qualidade como passado e não como presente. O que significa que cada memória é nova, uma reconstrução parcial da sua origem, e como tal potente para crescer por si mesma.

43. Poder para as pessoas
O jogo só pode dar-se quando as pessoas sentem que tem o controlo sobre as suas vidas. Não podemos ser agentes da liberdade se não somos livres.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Os monstros do Matheus e do Arthur

Hoje vou apresentar dois concorrentes especialíssimos do nosso Concurso Monstros !
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O Matheus (Teco), 10 anos, e o Arthur (Tuca), 8 anos, são sobrinhos da Myrna, que fez parte do nosso corpo de jurados notáveis do ConcursoBOT e que vem participando do zooblog com comentários sempre precisos e bem humorados, e depois de assistir ao filme "Viagem ao Centro de Terra" em 3D resolveram criar alguns monstros, conhecidos como "espécies-não-identificadas".
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Primeiro (por ordem de idade) as criações do Matheus:
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Rola-tartaruga-rola

Platão:

Agora as criaturas do Arthur:

Nafade : mistura de Naja, Búfalo e Bode !
Kraken :
E este é pra acompanhar a nossa onda de postagens sobre o Batman, o Batringa :

Parabéns aos meninos pelas criações ! E obrigado por prestigiarem nosso concurso !

E você, já mandou ou seu ? Tá esperando o que ? ... Só pra lembrar, as inscrições se encerram dia 30 de agosto !

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Drácula !

Mais vampiros ! Pra não perder o pique da semana de monstros prometida, lá vão mais alguns clássicos do terror ( se bem que alguns estão mais pra galhofa). Pra começar, o "pai" de todos:
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Bela Lugosi ( Drácula, 1931)

No filme dirigido por Tod Browning e no qual o roteiro já era creditado como adaptação do livro de Bram Stoker, a caracterização que ficou eternizada:

Lon Chaney Jr (que ficou conhecido por interpretar o Lobisomen) no filme "O Filho de Drácula", de 1943) dirigido por Robert Siodmak:

John Carradine, no filme "A casa de Drácula", de 1945, dirigido por Erle C. Kenton .

Este está mais pra lorde inglês do que pra conde da Transilvânia.

E pra fechar com chave de ouro, Christopher Lee, que encarou o vampirão nos filmes da Hammer da década de 60.

O legal destes filmes é que eles tinham um jeitão de "pornochanchada" , sempre com algumas pervas seminuas aparecendo, mesmo que sem nenhuma conexão ou relevância no enredo.E a maratona de monstros continua ... Se bem que acho que andamos meio fixados em morcegos ( primeiro o Batman e agora os vampiros).

Ainda não cheguei no drácula do Coppola, mas ele virá ...

Aula 13 - testes e protótipos

Um dos maiores problemas de design é o processo que envolve testes e desenvolvimento de protótipos, o que geralmente custa muito e a maioria das indústrias não costuma investir nessa parte.
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Neste caso, mostramos a cadeira desenvolvida por Nick Crosbie para a Inflate.
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" O design é a exploração criativa da restrição" - frase do autor

Nosferatu !

Esta semana vou postar "monstros do cinema" ... 1 por dia (ou até mais, dependendo do meu coeficiente de vagabundagem - e desconsolo - nesta última semana de férias escolares) ... Então, vamos começar do começo !
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Nosferatu de F. W. Murnau com Max Schreck no papel título (1922). O filme é PB, mudo, mas é um clássico e tem um visual (expressionista) sinistríssimo (e que inclusive envelheceu com muita dignidade ... acredito que até hoje o cinema bebe desta fonte).

O filme é totalmente inspirado no drácula de Bram Stoker mas por questões de direitos autorias acabou adotando Nosferatu como título e tem algumas modificações mínimas no enredo ( só pra evitar processos).

A caracterização do vampiro é fantástica, assim como a iluminação, a ambientação e a direção de arte(com um jogo de luzes e sombras impressionante) .

Em 1979, Werner Herzog fez sua versão da estória (totalmente inspirada por Murnau) com Klaus Kinski como o vampiro e Isabelle Adjani como Lucy ( que na verdade era o personagem Mina que teve seu nome alterado).

A interpretação do Kinski também é bem bacana (e ele também é outro esquisitão de carteirinha):

E, finalmente, em 2000, Elias Merhige dirigiu um filme bem interessante contando a história das filmagens do clássico de Murnau (A Sombra do Vampiro), com Willem Dafoe no papel de Schreck e John Malkovich como Murnau. O filme parte da premissa-lenda de que o ator do filme original era realmente um vampiro ! ( imagina o que o cara não devia ser esquisitão).

A reconstituição de época é muito bem feita e o Willem, pra variar, se dá muito bem no papel de um tipo, digamos, esquisito ( ou maluco).
Vale a pena conferir os 3 filmes, mas já vou avisando que requer uma certa paciência porque todos são produções autorais (e bem cabecinhas). Minha sugestão: comece com estes e depois mergulhe na versão de Francis Ford Coppola de 1992 (que obviamente será tema de uma postagem futura).
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Para mais informações:
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E aproveite a inspiração para criar seu próprio monstro !

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Árvores Monstros

Aí vão algumas imagens que provam que até a natureza cria seus próprios monstros:

Será um pé de bicho preguiça?

E esse? Um pé de pequinês? Ou é o floquinho do Cebolinha?

Árvore Slot. Chocolaaaate.

Essa fala por si só.

Essa é macabra.

Créditos ao http://www.sedentario.org/

ZOOparede fotografada por quem entende !

Finalmente conseguimos marcar com o Nelson Kon e fotografar nossa sede decentemente !
Quer ver mais fotos ? Visite o www.diario-de-obra.blogspot.com

quinta-feira, 24 de julho de 2008

design editorial x arquitetura

Já que estamos em clima de controvérsia ... vou lançar uma questão:
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Primeiro, vamos aos elogios:
A Revista Projeto Design deste mês (nº341) publicou a mais recente obra do arquiteto português Alvaro Siza, a Fundação Iberê Camargo, no Rio Grande do Sul. O projeto é impecável, a obra com certeza é uma das mais bem executadas dos últimos tempos aqui no Brasil, as reportagens estão muito interessantes e as fotos do Nelson Kon, como sempre belíssimas ... desde já recomendo a compra de um exemplar, um dos melhores números recentes da revista .... Ok ...Ok ... Então, qual a controvérsia, ou seja, vamos reclamar do que ?
Dêm uma olhada na foto acima ... sobre o belíssimo balcão de mármore ... não é que algum designer gráfico achou que seria o máximo iniciar o texto (que por sinal é bem bacana, pois narra o encontro do Siza com o Niemeyer) sobre a foto ? Caramba !
Talvez seja porque sou arquiteta ... mas porque ? Pra ficar ousado? Propositivo? Bacaninha ? Muito louco ? Poxa, a foto da obra é fundamental para a compreensão de quem ainda não teve a oportunidade de conhecê-la ao vivo ... Esta opção editorial/visual (este "ruído") pode comprometer bastante a leitura do espaço, das minúcias da obra ... quem conhece melhor a obra do Siza sabe que todos os detalhes são super elaborados (com a singeleza que faz a sua obra fenomenal) ...
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Ah ... como diria minha empregada , a Samira, desculpe, mas foi só um desabafo !
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E vocês, leitores do blog, designers e afins, o que acham ? Tô exagerando ?

quarta-feira, 23 de julho de 2008

quarta-feria feliz 011


e hoje é dia de controvérsia!

as propagandas da empresa italiana BENETTON sempre foram chocantes, atrevidas e chamavam a atenção por causa dos temas quem expunham. as campanhas tinham foco na marca e não nos produtos e suas imagens marcantes eram fruto da imaginação de um homem brilhante, o fotógrafo italiano oliviero toscani, diretor de criação da marca ao longo dos anos 90.
os temas foram guerra, religião, ganância, fome, preservação de patrimônio cultural, imigração, missigenação, ecologia, entre outros. (veja todas as campanhas aqui)

o ápice de ousadia foi uma campanha da marca que trazia imagens de assassinos condenados nas cadeias americanas, e suas impressões sobre o sentido da vida. essa campanha afastou oliviero da benetton. ele abriu seu próprio estudio e hoje continua com outras atividades...

as imagens abaixo são fantásticas e vocês devem se lembrar delas, desde que você não tenha nascido na década de 90, é claro...










na década de 90 em paralelo às campanhas da benetton, oliviero em parceria com o designer tibor kalman lançou a INCRÍVEL revista colors que com seu slogan 'uma revista sobre o resto do mundo' atacava os mesmos temas das campanhas de uma forma mais profunda. cada revista tinha um assunto: religião, compras, turismo, aids, raça, dinheiro, loucura, telenovelas, etc..
teve até uma revista sem palavras e uma feita pra daltonicos (!).






as revista geraram ainda uma série de livros sobre objetos estranhos e hábitos inusitados dos serem humanos ao redor do mundo...

hoje as campanhas são menos chocantes, mas continuam engajadas. a nova campanha é sobre micro-crédito para pequenos comerciantes africanos e o material publicitário como sempre é incrível.

isso que é engajamento!